terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Dormindo sozinha...


Não há irmãos, não há amigos, não há nada.
Sequer um beijo de boa noite, sequer um boa noite.
Uma lágrima apenas, daquelas que molham bastante o travesseiro, a ponto de molhar o rosto quando se deita e a dor ainda dói.

Quanto maior a cama, maior a solidão. O coração já dizia que a cama havia ficado pequena para tanto espaço entre os corpos. Tanto nada em tão pouco espaço.
Números de telefone, mensagens, músicas, cartas, lembranças... Nada que acalme a alma ferida, triste...

A chuva entristece ainda mais, faz perder a esperança. Nem dentro, nem fora: o mundo é sempre hostil com todos.
Deita a cabeça, tenta dormir ao lado do celular, do telefone, do computador, da caixinha de correio, da porta... Qualquer coisa que possa trazer notícias, palavras, companhia.

A solidão nos desperta algo que não se repara. Qualquer palavra mal dita, convite não feito, olhar para o chão... Tudo vira desespero e só faz lembrar mais do quão sozinho se é.

Culpa... O que fazer se possível não é ser outro alguém, nascer de novo, ter outra personalidade?
Talvez se houvesse menos sorrisos, menos palavras, menos intenções. Talvez se a voz fosse mais calma, se a procura fosse menor, se não houvesse omissão ou submissão. Talvez, se as coisas fossem mais claras. Possibilidades imprevisíveis.

Mas a vontade de se não estar ali é grande o suficiente para desejar qualquer outra coisa.
Qual o tamanho da sua ilusão? Horas? Dias? Meses?
A cada instante uma ilusão de felicidade, dor, medo... Cada segundo conta uma história diferente, que traz sempre um pouco mais de desespero.

"Digam o que disserem, o mal do século é a solidão!"
(Renato Russo)

Um comentário:

  1. Gostei... Tb Acho... A solidão é um mal do século... ainda mais com a internet... Parece deixar as pessoas mais próximas, mas só faz é distanciar ainda mais...
    Grande mestre Renato Russo e suas palavras...
    :)

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