terça-feira, 4 de outubro de 2011

Se eu pudesse escolher..

Escolheria a primeira dança: uma que se dance coladinho, com olhos nos olhos, todas as sensações.
Depois escolheria um bom drink para acalmar os ânimos e iniciar um papo longo, que acabasse no alto de um prédio qualquer, ou outro lugar com uma bela vista.
Olhando ao longe, eu faria um silêncio. Tu te assustarias: que te passa? E nada que se pudesse expressar em palavras caberia para aquele momento.
Confesso, vejo-me em instantes refletindo em um abismo sem fim, beirando a loucura e a sanidade. Um passo à frente e olhos fechados? Me perco na imensidão do vazio ou na doçura dos teus lábios?
Será que o tempo deixaria morrer a bailarina de noites não-sóbrias e tão inconsequentes?

Ei! Tu me chamas a atenção, fazendo voltar por um segundo ao momento presente, ao chão, ao nada. Te olho nos olhos e tudo o que vejo é silêncio, é ternura, é delícia.
- Não tenho medo! - digo tentando fazer entender a ambiguidade das escolhas.
Medo. Medo é o que não fica àquela altura, àquela hora, com as faces coradas e o mel na boca encarnada.

Abro os braços, jogo-me no poço da ilusão.
Não sei se para um lado ou para outro. De qualquer forma, tu me seguras de perto, olha em meus olhos: um beijo. E me solta, me deixa voar até onde existir mundo.

Abro o jogo, empoço-me nos braços da ilusão.

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