quarta-feira, 8 de outubro de 2008



Pensei durante longos dias no que fazer para parar com essa porcalheira.

Eu até diria que não são eles que ficarão no meio da sujeira que deixaram em nossas ruas e escolas, mas na verdade ficarão sim, ficarão, na verdade, em uma sujeira maior: a da câmara municipal.

Raul já dizia: "Mamãe, não quero ser prefeito. Pode ser que eu seja eleito e alguém pode querer me assassinar. Eu não preciso ler jornais, mentir sozinho eu sou capaz. Não quero ir de encontro ao azar. Papai, não quero provar nada. Eu já servi a pátria amada e todo mundo cobra a minha luz. Pobrezinho, foi tão cedo. Deus me livre, eu tenho medo: morrer dependurado numa cruz! Eu não sou besta pra tirar onda de herói, sou vacinado, eu sou cowboy. Cowboy fora-da-lei. Durango Kid só existe no gibi e, quem quiser, que fique aqui... Entrar pra história é com vocês."

Mas no fundo ainda resta uma esperança.

Não são mais "super-heróis" os que morrem num ato heróico desses. Não pelo ato, mas pelo "ti ti ti" no dia seguinte. O fato é que mais nada vale tentar ser Jesus Cristo e morrer para salvar a população. Isso porque morrer só te faz ser um a mais no cemitério.

"O povo foge da ignorância apesar de viver tão perto dela. E sonham com melhores tempos idos, contemplam essa vida numa cela... Esperam nova possibilidade de verem esse mundo se acabar. A Arca de Noé, o dirigível não voam nem se pode flutuar."

É lógico que não são eles que limpam.

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