terça-feira, 28 de outubro de 2008

"Um toque de luz na sua vida"


A saudade, seu moço, é coisa de quem come bixo, que pode mata. Gente assim, que vive pra paga o feijão que planta, só pode é senti fome. Eu já tentei contar pro doutor que eu to vivendo de ar e farinha, mas ele nem bem ouviu, ou não se entendeu.

Não sei por que motivo, seu moço, o sinhô tá aqui nesse mundo. A maior alegria dessa gente é vê cavalo na carroça passando no meio dos carro e ir faze exame naquele hospital chique lá do centro. Pena que demora né? Meus filho nascero tudo sem sexo.

O sinhô tinha é que ver só a minha filha que quase se esguela de tanto dar risada no dia que viu as onda pela primeira vez; parecia uma borboleta, só falto levanta vôo. Mas ai quando ia dá pr'ela entra naquele marzão nóis teve que ir embora porque os moço do ônibus queria durmi. Um monte de executivo de gravata, era até bonito ver eles entra no ônibus. Parecia até uniforme de guerra: tudo igualzinho. É que um deles era tio nosso de nossa família e resolveu leva nóis nuns banco que tinha sobrado no ônibus. Foi a melhor caridade que já me oferecero. O sinhô não veja mal na simplicidade da minha casinha não, tá, seu poeta? Mas eu cabei de passa um café fresquinho, fresquinho. O sinhô espere um palito aqui que eu já vô pega um copo com a dona Joana aqui. Esteja a gosto da casa que é sua visse? Não se avexe que a criançada tá tudo acostumada com visita.

Malditas sejam as empresas de telefonia e a privatização das mesmas.




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