Vai voar!
Eu sinto que suas asas ainda estão muito amassadas do apertado casulo, então voe! Vá se alongar, prolongar as flores, dançar com o vento.
Mas eu vou esperar, não me movo daqui até que volte. E volte mesmo, para me contar dos cantos dos pássaros de longe, das flores do outro jardim, do cheiro do vento do alto.
A borboleta foi, voou. E quando menos esperava, uma bruta mão de sonhos já calejados arrancou bruscamente da terra o girassol, deixando apenas as folhas verdes.
Voltou a borboleta contente da vida e ninguém encontrara. Teve de guardar suas asas amplas com o segredo dos pássaros mais belos, para outro girassol qualquer.
Da primeira vez que li, é como se me fizesse respirar fundo para prender a respiração até sufocar (com esse final)...
ResponderExcluirMas agora, fiquei pensando em como essa borboleta transforma olhares, sorrisos, acasos, supostos fatos em girassóis.
esse girassol ja está flutuando a muito e muito tempo.
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