Se num fosse esse tal corona
Eu taria agora aglomerada
Tomando uma cachaça pesada
No copo que todo o salão bebeu
A banda puxando arrastado
Eu ia é dançá no intervalo
Porque aquele forró balançado
Quem taria tocando era eu!
Debaixo do chapéu de palha
Com camisa ou vestido xadrez
Ia tá zabumbando o forró
Vendo as perna do povo da nó
O sanfoneiro palhaço
Sapateando com o dedo nos baixos
Ia tirá uma sonzera
De remexe a batina da freira
E quando tivesse um tempinho
Entre uma pipoca e um quindinzinho
Ia pra fila do correio elegante
Botar um verso nesse romance
E quando chamasse o seu nome
A notícia já era sabida:
O triangulêro do trio
Era o amor da minha vida.
Mas olha que a coisa tá feia
Moro na praia e num posso ver a areia
Cês trate de ficar bem isoladinho
Que é logo, loguinho
A gente volta pra farreá
Mas pode aquecer as canela
Que findando o vírus de meia tigela
Vo fazer forró todo dia
Natal, Carnaval, Funeral
Se me chama
Vai ter forró pra dançá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário