Linda, linda de morrer!
O que estragava eram as roupas que usava e aquela mania de não se pentear. Que rapaz de bom senso arrumaria uma guria que sequer usava um perfume, um batonzinho?
Alguns anos depois, veio a falecer. Poucos choraram ao redor do caixão e, entre eles, dois doentes de razão, apaixonados há anos pela defunta. De tão doentes, sequer sabiam que ela não penteava o cabelo.
A pentearam, vestiram-na com uma roupa da mãe, colocaram o tal batonzinho e muitas flores.
E ela ficou linda, linda de morrer.
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