Engolir todos os goles dos vinhos, cachaças e conhaques. Até mesmo as cervejas variadas com seu gás purificante.
Beijar todas as bocas e pescoços e orelhas. Lamber todos os corpos e até os chãos se preciso for.
Cuspir e escarrar todos os sinais, todas as células que ainda estão aqui.
Lavar e desinfetar a escova de dentes, palitar os dentes e queimar os palitos.
Destruir os lençóis, picar em pedaços pequenos, indivisíveis.
Doar os colchões, trocar a fechadura da porta.
Tudo para tirar de mim o gosto que seu corpo deixou. Tudo por uma ilusão tosca e inútil de esquecer das noites que passaram sempre com pressa demais, arrastando, levando, destruindo tudo.
Até quando vamos ficar nos esquecendo com todos esses flashbacks?
Aquele gosto escrustrado nunca vai ser deixado.
ResponderExcluirA memoria esfalecido nunca será tirada
Mesmo em meio a tantas drogas; nada será reparado.
A arte é sentido e sentimento aliemntados pela dose de euforia por estar se expondo...
Englobar todas as paixões para esquecer uma nunca foi uma solução apenas um meio de destruição...
e foi assim que lambi o chão para tirar o seu gosto de minha boca.