quarta-feira, 10 de abril de 2013

Arte.

Engolir todos os goles dos vinhos, cachaças e conhaques. Até mesmo as cervejas variadas com seu gás purificante.
Beijar todas as bocas e pescoços e orelhas. Lamber todos os corpos e até os chãos se preciso for.
Cuspir e escarrar todos os sinais, todas as células que ainda estão aqui.
Lavar e desinfetar a escova de dentes, palitar os dentes e queimar os palitos.
Destruir os lençóis, picar em pedaços pequenos, indivisíveis.
Doar os colchões, trocar a fechadura da porta.

Tudo para tirar de mim o gosto que seu corpo deixou. Tudo por uma ilusão tosca e inútil de esquecer das noites que passaram sempre com pressa demais, arrastando, levando, destruindo tudo.

Até quando vamos ficar nos esquecendo com todos esses flashbacks?

Um comentário:

  1. Aquele gosto escrustrado nunca vai ser deixado.
    A memoria esfalecido nunca será tirada
    Mesmo em meio a tantas drogas; nada será reparado.
    A arte é sentido e sentimento aliemntados pela dose de euforia por estar se expondo...
    Englobar todas as paixões para esquecer uma nunca foi uma solução apenas um meio de destruição...


    e foi assim que lambi o chão para tirar o seu gosto de minha boca.

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