terça-feira, 21 de agosto de 2012

A título de curiosidade

E tarde da noite não sei se é tristeza
Mas é nesse sentimento que envolvo as certezas
De que numa chuva daquelas, de notícias espantosas,
O que mais podemos querer a não ser um sexo raro,
Um amor barato e um vinho caro?

As rimas pobres, os amores podres
Tantas inocências perdidas em becos escuros
E a sonolência e sedação intrínseca da sociedade
Cabrestos, me prendam! Estou em cima dos muros
Naufragando em histórias perdidas sem alarde

Não há objeto de instabilidade do pensamento
Se o é, o próprio se acaba em prantos
Mas é a água que desce dos olhos para a boca
Saciando a sede com amores em outros cantos

Desafina a voz da morte que se apega à vida
Pois durante o prelúdio, os sons se tornam líquidos
E dentro dos bolsos de terra fétida e fértil
Me vem a sensação de um dia ter aberto os olhos.

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