segunda-feira, 21 de março de 2011

Quanto vale uma emoção solúvel?

- Fica?
- Não posso.
- Quando você volta?
- Não sei! Pare de amolar.
- Queria que você ficasse.
- Eu não me importo, e de qualquer forma não poderia.
- Por que não?
- Tenho uma vida para viver.
- Então tudo bem, vá. Mas não se esqueça do que já passou.
- Não me esquecerei.

- Conheci alguém.
- Que bom para você. Foi legal?
- Não. É vazio, é tosco, é solitário, é só solidão.
- Desculpa.
- A culpa não é sua. Estou crescendo preciso cair para aprender a andar.
- Vi uma foto. Lembrei de nós dois. Estou com saudade.
- É só o destino agindo. Logo passa.
- Não vou mais te ver. Nao quero mais te tocar.
- Por enquanto está tudo bem. Difícil vai ser quando você tiver alguém.
- É só o destino agindo. Adeus.
- Não, não vá! Isso me lembra quando você resolveu ir embora pela primeira vez. Não vá!
- Esgotou, perdeu, acabou, gastou. É hora de viver. Viva!
- Não quero sem você. Eu te amo!
- Não há mais condições. Não vou te colocar em minhas confusões.
- Há alguém?
- Não me procure mais, por favor?!
- Ainda te amo!
- Quero seu bem.
- Melhor não te procurar mais.
- Se há alguém? Há!
- Como assim? Quem? Desde quando?
- Tantas centenas de quilômetros de mim. Há!
- Por que você está fazendo isso?
- Quero o corpo dela, seus olhos, sua boca, seu olhar, seu carinho, seu amor. Desejo.
- Pare com isso (soluços)
- Há!
- Não pode ser!
- Você!
Tu tu tu tu tu tu tu tu...


O barulho estrondoso do silêncio que fica.
Que alma dourada e pura poderia entender?
Para evitar um surto, o melhor é não entender, mas sentir.
Feche os olhos e somente imagine.

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