sábado, 18 de dezembro de 2010

E agora é possível sentir novamente...
Sentir? O que se pode sentir?

Quando os olhos se fecham durante a tempestade embaixo de uma telha velha, podemos imaginar que estamos em meio a uma cachoeira de 60 metros. E realmente sentimos a água gelada cortando nossas pernas, batendo em nossas costas, trazendo sorrisos, tremidas... Calafrios.

Podemos quase ver, com olhos fechados, as ásvores e rochas à nossa volta, os pássaros, os insetos, as borboletas azuis...

E sentimos aquela limpeza da alma, aquela sensação de pureza e novidade para tudo.

E infelizmente em algum momento abrimos os olhos:
O som da cachoeira era apenas a chuva, as árvores eram as paredes que nos diminuem ao pequeno cômodo, as rochas eram as cartas mal escritas e nunca lidas em cima da mesa, os pássaros, apenas as estrelas fluorescentes no teto, os insetos, inclusive as borboletas, representavam as cortinas balançando.

A sensação de pureza e limpeza vai sendo tomada por uma agonia, um leve desespero...
É possível até sentir o suor colando na pele.

E o abrir dos olhos se torna somente o choque de realidade do qual precisávamos. Ninguém para dizer que está errado, ninguém para ir contra: Sinto muito, as coisas são assim.

A frieza externa e a tristeza interna.
Vamos sentindo o pavor e o medo do que está por vir aos poucos...

Toda mulher precisa às vezes sentir-se amada, sentir-se alguém.
Todas nós necessitamos, às vezes, de alguém que nos diga que somo mais do que qualquer outro alguém.
Precisamos ser valorizadas, olhadas, observadas, desejadas, elogiadas.

Não se pode viver de tristezas, nem tampouco de lembranças, boas ou ruins.
É preciso ver o valor que temos, é preciso perceber a sensibilidade e intensidade em ser mulher.

Nada faria sentido se não houvesse o homem bruto que amolece por um amor e a mulher triste que sorri para o amor.

Tentemos, dia após dia, acreditar no alguém que possa existir um dia...

Um comentário:

  1. Eu queria postar algo como isso no meu site e isso me deu uma idéia. Cheers.

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