terça-feira, 1 de junho de 2010

Nada.

Quando nada parece certo eu encontro o erro pra me perder.
Porque será que as coisas censuradas e moralmente erradas sempre me atraíram tanto?
Vai ver o que eu gosto mesmo é dos desafios complexos e desanimadores, porque a certa altura do campeonato eu queria ir do chão ao céu em algumas horas.

Meus pés trilham caminhos escuros e confusos. Ora me perco e nunca mais me encontro.
Estou sempre flutuando pra lá e pra cá sozinha no meio de tanta gente, sendo que ninguém jamais abre os olhos para me ver.

E eu flutuo: não sou anjo mas posso ser parte do ar que passa; e deixo a brisa louca nos olhos de quem se cansou de chorar.
E um dia num beijo doce de menina, ainda me perco em sonhos e ilusões, que com o passar do tempo me transformam novamente em ar. Simplesmente ar.
Vivo de vento como dizem as avós e venho trazendo comigo todas as sementes e aromas que posso carregar com minhas suaves mãos.
Posso trazer um olhar se quiser. Me basta ver sua boca e dar um beijo sem que perceba. Depois sussurro carícias em seus ouvidos e seco seus cabelos morenos.

É assim que não me vê, eu sei. Mas um dia, correndo pela vida, esta em seus poros loucos vai te mostrar que sempre estive ali.

Uma noite. Nada mais!

[Trilha Sonora: Marisa Monte - Borboleta]
"Pequenina e feiticeira!"

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