
Algo mais colorido, mais novo. As rosas são o sonho do beijo em uma boca distante, prioibida, frígida, mas são infelizes. Tão vermelhas, tão vivas, tão românticas e sonhadoras, mas tão tristes.
Nunca estão felizes com aquilo que têm. Podem pegar-te com um truque barato de sedução. Atraem pássaros com sua beleza, e os enamorados com seu perfume, mas basta um toque. Ai já não há mais perfume nem beleza, apenas a dor que seu espinho causa.
E escorre um sangue vermelho. Tão vermelho quanto a cor de sua traiçoeira flor.
Apenas as leves borboletas podem beijá-las.
Assim também são nossos pensamentos. Parecem tão concretos, tão certos, que ao primeiro contato nos fazem ver o pior lado de nosso ser.
O que podemos fazer se Deus nos deu apenas um coração que sente e tantos milhões de pensamentos?
Além do que, pensar em uma rosa é tão belo quanto seu perfume, mas senti-la nos causa dor.
Afinal, o que é pensar se não sentir as asas de suas borboletas?
As libélulas perderam o lugar em meu estômago. Só restou o revetério, que causa uma espécie de dor passiva (que não passa).
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