domingo, 21 de setembro de 2008

O pensamento e as rosas...(porque rosas?)


Porque não orquídeas, violetas, uma flor menos melancólica?

Algo mais colorido, mais novo. As rosas são o sonho do beijo em uma boca distante, prioibida, frígida, mas são infelizes. Tão vermelhas, tão vivas, tão românticas e sonhadoras, mas tão tristes.

Nunca estão felizes com aquilo que têm. Podem pegar-te com um truque barato de sedução. Atraem pássaros com sua beleza, e os enamorados com seu perfume, mas basta um toque. Ai já não há mais perfume nem beleza, apenas a dor que seu espinho causa.

E escorre um sangue vermelho. Tão vermelho quanto a cor de sua traiçoeira flor.

Apenas as leves borboletas podem beijá-las.

Assim também são nossos pensamentos. Parecem tão concretos, tão certos, que ao primeiro contato nos fazem ver o pior lado de nosso ser.

O que podemos fazer se Deus nos deu apenas um coração que sente e tantos milhões de pensamentos?

Além do que, pensar em uma rosa é tão belo quanto seu perfume, mas senti-la nos causa dor.

Afinal, o que é pensar se não sentir as asas de suas borboletas?

As libélulas perderam o lugar em meu estômago. Só restou o revetério, que causa uma espécie de dor passiva (que não passa).

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