Se encontrasse a fonte de sorrisos
joviais. Se furasse todos os encontros, perdesse os telefones e
desaparecesse das redes sociais. Se se permitisse de uma vez por
todas comer só o que fizesse bem. Se de maneira egoísta investisse
mais tempo em si do que nos outros, fizesse as malas a cada duas
semanas, ou sempre que desse vontade. Se nunca desfizesse as malas. Se
treinasse para que suas pernas e braços fossem fortes o bastante
para aguentar o peso das coisas mal vividas que ainda se quer viver.
Se perdesse o emprego, a hora e os amigos e escolhas superficiais.
O mundo a perdoaria?
E se continuasse sentada no escritório,
olhando para o relógio, pensando no trânsito e na papelada
acumulada para amanhã, como estava.
Ela perdoaria?
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