segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Se...

Queria poder fazer tudo...
No mínimo, seria ótimo, olhar nos olhos dele e dizer o que realmente se passa. Ver suas fotos e sorrir, pensando: como é lindo! E depois ir dormir pensando em seu sorriso, querendo ver a porta abrir e você entrar, deitar na minha cama, fingir que está tudo bem.
Quando na noite silenciosa o vento dá um gemido alto de dor ou de gozo, meu peito lembra você. Me faz lembrar que durante esse tempo, as coisas simplesmente não fizeram sentido para mim ou para nós.
Ontem eram horas de conversa, seguidas por abraços apertados, que se transformaram em beijos apaixonados, intermináveis. Depois veio o melhor sexo, a perda da timidez, a intimidade. E foi morrendo, acabando. Beijos nem sequer existem mais, o sexo é raro e puramente físico. Falta admiração e afeto, só resta um pouco do tesão mecânico dos corpos em movimento. Se é que o há.

E quando abrimos os olhos assim, de madrugada com um milhão de planos e decepções monstruosas, percebemos que o melhor seria que tivéssemos ido embora ou que nunca chegássemos aqui.

Já estamos vazios. Nunca houve completude, apenas um roubou do outro o que pensava ser o melhor e hoje somos nada novamente.

E não adiantaria, pássaro de cores, acreditar um só na mudança ou ter esperanças. 
Então por isso, o que te levaria a repudiar minhas mãos e beijos, que um dia foram os melhores que já teve?
Espero acordada, rolando na cama, com os olhos no relógio e o ouvido em pé atenta a qualquer movimento, qualquer coisa. E sinto falta dos abraços e das noites.
Vai ver o que me faz esperar tanto tempo para sofrer sem desistir é a esperança que se renova a cada dia de que as coisas voltarão a ser o que já foram um dia.

Mas à noite não passa de uma amarga ilusão.

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