terça-feira, 22 de novembro de 2011

Mais um dia...

Eu pensei o dia inteiro, sorri bastante. Na maior parte das vezes um sorriso forçado para não decepcionar o esforço alheio em me fazer feliz.
Mas o dia foi passando e antes do final da noite cheguei à conclusão de que se pudesse tirar um dia do calendário, já sei qual o faria. Dia este que, em 1990, cai nesse mundo vasto e cheio de possibilidades.
Fui escolhendo as possibilidades que queria para mim. Errei por tantas vezes e por outras não poderia ter feito melhor opção.
Acontece que nos últimos 9 anos mais ou menos, este dia tem sido cada vez pior. Quanto mais o mundo se esforça para me fazer sorrir e sentir alguma coisa boa, menos o sinto nesse dia.
Os sorrisos, os olhares, os bolos, as festas, os presentes....
É tudo tão estranho que chego a ter medo de não gostar de nada disso. As pessoas gostam, fazem por mim porque gostam de mim. Mas pessoas... Pessoas são umas criaturinhas estranhas que nada têm a ver com alguém como eu.
Acontece que falta nessas tal criaturinhas um botão que as faça dar valor para os pequenos detalhes, e esses detalhes tão minúsculos e insignificantes estão no dia-a-dia.

Abraços em casa, no trabalho, na aula, no almoço, no telefone, na internet, de longe, de perto.
Tanto sentimento em um só dia mas, nos outros, só a solidão.
Queria eu trocar! Solidão nesse dia e carinho nos outros 364 do ano.

Mas vem cada vez mais uma vontade de pular esse dia: desligar o celular, sumir das redes sociais, ficar deitada na cama o dia inteiro, com a porta trancada e dormindo o mais profundo sono. E que amanhã ninguém mais se lembrasse. Ah que bom seria!
Que bom seria se as pessoas lembrassem de mim todos os outros dias e se esquecessem neste.

Não sei se estou enlouquecendo, mas cada vez menos vejo sentido nessa história de aniversário.
Por que, desde que cai de bunda nesse mundo, em intervalos de um ano as pessoas me amam? Por que ninguém se esquece de me amar, de conversar comigo, de me dar atenção neste dia, mas em todos os outros, sinto uma cor negra no coração. Incurável.

É como uma felicidade que eu não me permito sentir, pois sei que o dia seguinte...

é sempre só 22 de novembro.

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