quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Vem aos poucos dominando, comendo pelas beiradas, trazendo uma leve impressão de lentidão com uma pitada de sorriso...
E desse sorriso nascem outros, e desses outros alguma alegria, e dela a vontade de voar.

Mas o medo de cair e perder todos os sorrisos é muito grande, não salta, não pula, não voa.

Demora, demora, demora. E uma hora, quase involuntariamente, voa. Voa alto, vê as nuvens, busca estrelas. Todas essas e aquelas sorriem.

E cai.
Cai porque o sorriso era passageiro. Cai porque a alegria era mentirosa. Cai porque as asas não eram de cera, mas de vidro; frágil como um coração, que parte. E simplesmente cai. Vagarosamente cai.

Na queda penosa pode estimar teorias lógicas, sutilezas de uma explosão.
A explosão do desejo que não se consumou, explosão do sentimento que tornou-se monopólio de quem fala.

Verbalizar aquilo que se sente. Nada pior.

Fica tudo errado, tudo muito triste ou muito feliz. Só se quer sorrir ou chorar.
E quem sabe mesmo o que é um sentimento monopolizado jamais se esquecerá da força do choque que se leva no peito quando se não é correspondido... Principalmente após se escrever junto a receita de como finalizar toda uma vida.

Sentimento.
A lembrança fica, mas você (UFA!), vai embora em breve!

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