"Só por hoje eu espero conseguir aceitar o que passou e o que virá...
Só por hoje vou me lembrar que sou feliz."
Hoje as canções de amor me incomodam, me enraivecem!
Os olhos úmidos e as mãos trêmulas, o frio na barriga, o sorriso sem jeito, o riso sem controle, os dentes nos lábios, o olhar... Tudo me traz o supérfluo sentimento comum e ridículo.
A vontade que sinto é de sair correndo, ir em sua direção. Pedrinha na janela, um susto, uma surpresa... Um suspiro e as estrelas.
Mas o qual o real sentido de procurar sem querer encontrar na verdade? Um abraço para fechar os olhos e esquecer do mundo. E logo depois se lembrar da imoralidade de um abraço.
Quanto tempo vou esperar para olhar nos seus olhos e dizer: pronto, passou. Já me perdoei, perdoe-me? E tudo recomeçar, não como um ciclo, mas como uma nova história, um novo momento.
Ontem eu vi risos, sorrisos, lembranças, confissões, perigos, olhares, escolhas. Coisas um tanto quanto engraçadas e talvez até interesantes apesar de assustadoras.
Nada me apeteceu, nada me respondeu às perguntas tão necessárias.
Então o quê?
Prudência!
E por prudência perco o melhor da festa.
O medo do fim inesperado me faz causar o induzido fim...
E somente agora, com a areia já quase completamente escoada, consigo perceber que não eram grãos de areia, mas sim ouro. E agora, com tudo a perder, só quero correr...
LONGE... MUITO LONGE...
"A paixão já passou em minha vida
Foi até bom mas ao final deu tudo errado
E agora carrego em mim
Uma dor triste, um coração cicatrizado
E olha que tentei o meu caminho
Mas tudo agora é coisa do passado
Quero respeito e sempre ter alguém
Que me entenda e sempre fique ao meu lado
Mas não, não quero estar apaixonado"
(Renato Russo)
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