quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Eu acordei bem cedo para arrumar as coisas. Fazia tempo que papai não levava a gente para a praia. Depois que ele foi promovido nunca mais tivemos tempo de ir à praia. Eu já estava com minhas bóias de braço e a de patinho cheias, capéu na cabeça e todos os baldinhos e pás prontos, coloquei tudo no carro. Mamãe jamais esqueceria minhas roupas, shampoos, calcinhas... Por isso não me preocupei com o resto, só fui pegar meu peixinho no aquário para colocá-lo no saquinho durante a viagem. Estranho! Peixinho, peixinho, acorda! Estamos indo! Ele não acordava. Estava de olhos abertos, mas boiava e não se mexia. Estava deitado na superfície da água. Olha filha, eu acho que seu peixinho não vai conosco dessa vez! Eu bem que insisti em fazer um funeral para ele no vaso de orquídeas da mamãe, mas papai me convenceu de que, indo pela privada, ele encontraria outros mil peixinhos que também não viajariam esse ano, e ficaria feliz. E lá se foi meu primeiro e único peixinho...

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